Destruir a miséria é o nosso combate político

O nosso combate político, para além das nossas ideologias e da classe social a que pertencemos, centra-se, sobretudo, na destruição da condição subproletária.

É por isso que devemos manter a cabeça fria e afinar o nosso espírito crítico face às solicitações dos partidos políticos e dos seus aparelhos.

Sabemos, por experiência, que os subproletários não são tidos em consideração pelos projetos de sociedade que nos são propostos; sabemos que nenhum partido, sindicato, associação, que nenhuma igreja se propõe a destruição da miséria, como seu primeiro objetivo. Ninguém afirma a sua vontade de querer destruir a exclusão em que vive o Quarto Mundo e, ainda menos, a sua vontade de aproveitar o contributo da experiência do Quarto Mundo para construir uma sociedade, finalmente, justa, libertadora e fraterna.

Não se trata, porém, de nos limitarmos a pedir aos partidos políticos que assumam este compromisso, por ocasião da abertura da campanha eleitoral (…); trata-se sim de nos batermos, onde nos encontramos, para que a legitimidade da nossa contestação contra a miséria seja reconhecida, para que possam ser criados e organizados grupos de pressão que agirão, de modo a que os eleitos se comprometam, junto do Quarto Mundo, com a destruição da condição subproletária em que vivem e não se esqueçam de respeitar depois das eleições o que prometeram antes.

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